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Vítima afirma que guia espiritual alegou que ela tinha 'problemas' no útero para 'justificar' abuso sexual no Paraná

Roderley Amorim Ramos, de 54 anos, está preso preventivamente. Segundo a polícia, seis vítimas com relatos semelhantes procuraram a delegacia e denunciaram o...

Vítima afirma que guia espiritual alegou que ela tinha 'problemas' no útero para 'justificar' abuso sexual no Paraná
Vítima afirma que guia espiritual alegou que ela tinha 'problemas' no útero para 'justificar' abuso sexual no Paraná (Foto: Reprodução)

Roderley Amorim Ramos, de 54 anos, está preso preventivamente. Segundo a polícia, seis vítimas com relatos semelhantes procuraram a delegacia e denunciaram o suspeito. Defesa dele afirma que vai se manifestar nos autos. 'Levei susto quando pegou nas minhas partes íntimas', diz vítima de guia espiritual Uma das vítimas de um suposto guia espiritual, preso por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude, afirma que o homem alegou que ela tinha um "problema" no útero para tentar "justificar" um abuso sexual. O relato foi dado pela mulher em entrevista à RPC, após ela procurar a polícia para denunciá-lo. "Ele tentou pegar nos meus seios, da primeira vez, dizendo que era uma espécie de benzimento. [...] Ele pediu pra eu deitar no chão, abaixar um pouco a calça, erguer a blusa e ele falou pra fechar os olhos que ele ia fazer este benzimento, e eu levei um susto quando ele pegou nas minhas partes íntimas", detalha. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram A vítima também disse que, quando sofreu o abuso, levantou e questionou o homem sobre o ato. "Ele falou que eu tinha um problema no útero e que ele ia resolver. [...] Ele falou: 'não, eu estou tentando te ajudar'. E eu fui embora e nunca mais voltei lá", contou a mulher. Roderley Amorim Ramos, de 54 anos, foi preso preventivamente na última quinta-feira (10), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Segundo a polícia, seis vítimas com relatos semelhantes procuraram a delegacia e denunciaram o suspeito. SAIBA MAIS: Vítima relata que guia espiritual a ameaçava para esconder estupros no Paraná: 'Dizia que ia matar meus pais' De acordo com a Polícia Civil, duas vítimas afirmam que sofreram os abusos enquanto eram adolescentes e tinham entre 12 e 13 anos. As outras tinham entre 18 e 30 anos. Em depoimento à polícia, Roderley negou as acusações. A defesa do suspeito afirmou que vai se manifestar nos autos. Leia também: Crime: Mecânico é preso suspeito de morder, agredir e fazer ofensas racistas contra funileiro no Paraná: 'Negro sujo' Entenda: Suspeito de dirigir Porsche que matou jovem atropelada no Paraná teve habilitação suspensa 12 vezes e cassada 2 vezes Saiba como identificar: Paraná é o quarto estado com maior número de notas falsas em circulação Segundo a delegada Claudia Kruger, responsável pelo caso, o homem se aproveitava da vulnerabilidade emocional das vítimas para cometer os crimes. No caso da mulher entrevistada pela RPC, ela afirma que procurou o suposto guia espiritual porque estava com problemas no relacionamento e fez diferentes sessões ao longo de três meses, até o abuso acontecer. O caso aconteceu há 13 anos, quando a vítima tinha 22 anos de idade. Ela afirma que decidiu procurar a polícia agora após descobrir que havia outras vítimas. Guia espiritual Pai de santo foi preso em Ponta Grossa Polícia Civil Ao longo das investigações, as vítimas deram diversas atribuições ao papel do suspeito. Entre eles, curandeiro e pai de santo. Por meio de nota, a Federação de Umbanda do Estado do Paraná afirmou que ele não é associado à federação e não tem terreiro formalizado. "A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, que se fundamenta no respeito à dignidade humana, à diversidade e ao sagrado. Os rituais de Umbanda são pautados pela ética, pelo respeito e pelo compromisso com o bem-estar físico, emocional e espiritual dos participantes. A Federação ainda ressalta que em nenhum momento, seja em atendimentos, giras ou demais práticas, há qualquer espaço ou tolerância para condutas que desrespeitem a integridade física ou moral de qualquer indivíduo", reforçou a instituição. Denúncias A Polícia Civil orienta que outras possíveis vítimas podem procurar a delegacia para fazer denúncias. A corporação atende pelo telefone 197. Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias em g1 Campos Gerais e Sul

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